O Manifesto Antropófago foi publicado em São Paulo pelo modernista Oswald de Andrade, em maio de 1928, no primeiro número da “Revista de Antropofagia”. A antropofagia oswaldiana deve ser vista como uma estratégia criativa, cujo intuito era questionar as bases político-econômico-culturais impostas pelo colonizador em nosso meio artístico e intelectual. A reivindicação antropofágica podia ser vista como a metáfora do que deveria ser repudiado, assimilado e superado em favor da independência cultural do país.
Dialogando com as vanguardas européias (os “ismos”) e os inúmeros manifestos da época, Oswald vai assumir uma postura radicalmente crítica frente a cultura brasileira. Lança mão da paródia, da blague, do riso, da anarquia para realizar a “canibalização” cultural das nossas fontes primitivas reprimidas (“Tupy or not tupy, that is the question”) |
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