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Como imaginar o Tropicalismo sem os trabalhos precursores de Tom Jobim, Vinícius de Moraes e, principalmente,
João Gilberto? Movimento que revolucionou o ambiente musical brasileiro em finais dos anos 50, a Bossa Nova foi um momento histórico da cultura brasileira. Seu apuro formal e sua beleza representavam
uma das faces da modernização desenvolvimentista durante a era JK. Ruptura com o passado e renovação
da tradição caminhavam de mãos dadas nas inovações formais e temáticas de suas canções. O grande marco do movimento foi o lançamento do disco Chega de Saudade, do baiano João Gilberto, em 1959. O canto “baixinho” e quase falado, a batida concisa do violão e as harmonias utilizadas
por João provocaram uma verdadeira revolução, tornando-se um (ou “o”) divisor de águas na música popular brasileira.
O disco influenciou toda uma geração
de músicos como Chico Buarque, Edu Lobo, Jorge Ben, Milton Nascimento e, principalmente, os tropicalistas Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Nas composições da Bossa Nova, melodia, harmonia, ritmo e contraponto formam um todo, não havendo
a prevalência de qualquer destes elementos sobre os demais. Da mesma forma, a Bossa Nova promove
a integração do canto na canção, decretando o fim dos malabarismos vocais operísticos, dos arroubos melodramáticos do bel canto. Nas letras das canções, a palavra passa a valer pelo que representa em termos
de individualidade sonora. O violão
é valorizado como instrumento. Baterias e metais são suprimidos
em prol de instrumentos mais limpos, como o piano e a flauta.
O Balanço da Bossa Nova
Da Bossa Nova à Tropicália
legendas e créditos fotos/obras

De inicialmente influenciada pelo jazz, be-bop e cool jazz, a Bossa Nova, com a sua explosão internacional no início dos anos 60, passa a influenciadora da música americana, impondo-se como um produto nacional moderno e universal. A batida nascida na beira do mar em Copacabana constitui-se, assim, num caso típico
do “canibalismo cultural” pensado pela antropofagia de Oswald de Andrade.

E é com os olhos postos na Bossa Nova
e o ouvido colado na voz e violão de João Gilberto, que Caetano Veloso propõe,
em maio de 1966, a “retomada da linha evolutiva” da música brasileira.
A retomada dessa linha evolutiva feita pelo jovem compositor baiano desa-guaria, logo a seguir, no Tropicalismo.

 

 
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