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Uma das principais expressões utilizadas para definir o Tropicalismo
é “carnavalização”. O movimento teria promovido uma “carnavalização” na séria cultura brasileira dos anos 60.
Essa ligação com o Carnaval é entendida
pela história da festa. Oswald de Andrade chamou
o Carnaval de “religião
da raça
brasileira“. Caetano Veloso viu nele“um exemplo de solução
estética”
e de “saúde criativa“ do povo brasileiro. |
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No Brasil, as origens do Carnaval remontam
a época do entrudo,
os jogos festivos trazidos pelos
portugueses quando da colonização.
Ao longo do tempo,
transformações históricas, diversidades
regionais e principalmente
a assimilação de elementos oriundos
da cultura negra consolidaram
o Carnaval com os aspectos
singulares que tem hoje: uma festa que
mobiliza o País de Norte
a Sul e tem, como principais manifestações, as
escolas de samba
e os trios elétricos. |
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O desfile de escolas de samba, originado no Rio de Janeiro, constitui-se um extraordinário espetáculo coreográfico. Um dos ícones do Tropicalismo, o artista plástico Hélio Oiticica, era passista da Escola de Samba da Mangueira. No entanto, é no Carnaval de rua da Bahia que se encontra uma festa mais popular. Animada por trios elétricos, ela é a expressão do rito carnavalesco que mais influenciou a Tropicália. Tendo sido interiorizado enquanto linguagem, estendeu-se ao aspecto formal das composições, à performance dos artistas no palco e ao espetáculo. Imbricou-se tão profundamente com a estética tropicalista que tornou-se imbricado também com a cultura brasileira. Como uma espécie
de “dívida paga”, Caetano Veloso com a música “Atrás do trio elétrico”
e Gilberto Gil com a música “Filhos de Gandhi” deram contribuições decisivas para a retomada do Carnaval de rua da Bahia. |
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