Ilumencarnados seres
capinan
Biografias
O poeta e letrista José Carlos Capinan é baiano de Esplanada. Nasceu em 1941. Em 1963, depois de uma fase em Salvador, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou como publicitário e começou a compor.
“tomara que um dia
de uma dia seja
que seja de linho
a toalha da mesa
tomara que um dia
de um dia não
na mesa da gente
tem banana e feijão”
Gilberto Gil e Capinan
Em 1967, venceu o III Festival de MPB da TV Record com “Ponteio”, feita em parceria com Edu Lobo. Naquele ano, explodiu o Tropicalismo, do qual participou como destacado letrista. À época, escreveu o texto de um grande clássico do movimento, “Soy Loco por Ti, América”, além de “Miserere Nobis”, ambos musicados por Gilberto Gil. Aliás, Gil e Edu Lobo se tornaram seus principais parceiros na década de 60.
Com Jards Macalé, também parceiro dessa época, escreveu “Gotham City”, que teve uma polêmica apresentação no IV Festival Internacional da Canção, da TV Globo, no Rio, em 1969.
Após a partida de Gil e Caetano para o exílio em Londres, em 1969, Capinan, Macalé e Gal Costa deram continuidade ao clima experimental e às tentativas de inovação na música popular brasileira.
Ao longo das décadas seguintes, Capinan compôs com Paulinho da Viola, Fagner, Geraldo Azevedo, Moraes Moreira e João Bosco e muitos outros músicos. Com João Bosco, criou “Papel Machê”, grande sucesso popular. Em 1976, co-editou com Abel Silva a revista literária Anima, com duração de apenas dois números. Em 1996, publicou o livro de poemas Uma Canção de Amor às Árvores Desesperadas.